VEJA RIO: MÉDICO DA OS CONCORRE A CARIOCA DO ANO

revista VEJA Rio publicou na colunta Carioca Nota 10 reconhecimento ao trabalho do cirurgião plástico voluntário da OS no Rio, membro do Conselho Multidisciplinar de Saúde da organização:

O cirurgião plástico Henrique Cintra tem vivido dias agitados nas últimas semanas. De um austero consultório instalado na Policlínica Piquet Carneiro, Zona Norte do Rio, ele se dedica a organizar uma equipe de 130 pessoas envolvidas em um mutirão com duração prevista de sábado (12) a quarta-feira. O time é formado por cirurgiões plásticos, psicólogos, fonoaudiólogos e voluntários envolvidos na Operação Sorriso. Trata-se de uma força-tarefa organizada pela ONG americana de mesmo nome, em parceria com a Uerj e a Secretaria Estadual de Saúde, que há cinco anos é realizada na cidade. Em quatro dias serão feitas 100 cirurgias gratuitas em portadores de lábio leporino e fenda palatina, má-formação facial que pode levar a graves problemas respiratórios e de fala. "Por ser no rosto, provoca estigma muito forte", diz Cintra. "Há casos de crianças que nunca foram à escola por medo de ser rejeitadas", explica ele, que chega a dedicar doze horas por dia às operações.

"Mostramos que é possível ajudar as pessoas, mesmo com poucos recursos"

Aluno de Ivo Pitanguy nos anos 80, Cintra sempre se incomodou com a precariedade no atendimento a portadores desse tipo de problema facial que não têm dinheiro para pagar pelo tratamento. "Apesar de o Rio ser renomado pela excelência em operações plásticas, houve uma glamourização da parte estética, enquanto as intervenções reparadoras ficaram relegadas ao segundo plano", acredita. O atendimento a pacientes carentes acabava por acontecer de forma pulverizada e desorganizada, sem um núcleo público especializado. Tal cenário começou a mudar com os mutirões, e em 2010 foi criado o Centro de Tratamento de Anomalias Craniofaciais, uma parceria entre o governo e a Operação Sorriso, coordenada por Cintra. "Com poucos recursos, provamos que é possível realizar uma bem-sucedida joint venture entre o governo e o terceiro setor", diz. Uma conquista notável. "É um trabalho que exige dedicação e estudo contínuo. Mas não reclamo. Vir aqui é a melhor terapia que existe."

 

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“Toda criança que nasce com deformidade facial é nossa responsabilidade. Se nós não cuidarmos dessa criança, não há nenhuma garantia de que outra pessoa o fará.”

- Kathy Magee, cofundadora e presidente da Operação Sorriso